Onça, que devorou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 62 anos, foi localizada e capturada pela Polícia Militar Ambiental (PMA) na madrugada desta quinta-feira (24), na região do Touro Morto, em Aquidauana, município localizado a 141 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com a PMA, a onça é um macho de 94 kg e está sendo transportada de Aquidauana (MS) para Campo Grande (MS).
O animal aparenta estar bem magro. Ele foi sedado e sua temperatura e batimentos cardíacos estão sendo monitorados por um aparelho. Além disso, está com acesso venoso aberto.
A previsão é que ele chegue entre 10h e 11h, em uma viatura da PMA, no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), localizado no Parque Estadual do Prosa, na Capital.
No local, será submetido a avaliação e exames para compreender o porquê atacou fatalmente o homem na segunda-feira (21).
Veja o vídeo da onça
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Educação (Semadesc), Arthur Falcette, confirmou, nesta quarta-feira (23), que Jorginho praticava ceva, ou seja, alimentava a onça-pintada que o matou em Aquidauana.
A palavra "ceva" vem do meio rural e significa basicamente "isca" ou "alimentação oferecida" com a intenção de atrair determinados bichos a um local específico.
A prática da ceva de animais é uma técnica utilizada principalmente por pesquisadores e fotógrafos da vida selvagem com o objetivo de atrair animais para observação, monitoramento, registro ou estudo científico.
O ATAQUE
Caseiro, Jorge Ávalo, de 62 anos, foi atacado, devorado e morto por uma onça-pintada, na madrugada de segunda-feira (21), na região do Touro Morto, em Aquidauana, município localizado a 141 quilômetros de Campo Grande.
Os restos mortais e pedaços do corpo de Jorge foram encontrados pela PMA na terça-feira (22) em uma área de mata fechada. A onça foi capturada nesta quinta-feira (24).
O Correio do Estado noticiou que a PMA apurou quatro possíveis hipóteses do ataque silvestre fatal: escassez de alimento; comportamento defensivo do animal; período reprodutivo ou atitude involuntária da vítima.
A hipótese certeira é a de que prática de ceva. Ataques fatais de onça são raríssimos, tendo em vista que o Pantanal não contabilizava ataques fatais por onça-pintada há 17 anos.
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