A maioria dos brasileiros apoia a redução de trabalho de 44 horas semanais. A conclusão é apontada na pesquisa “Os brasileiros e a jornada de trabalho”, divulgada nesta segunda-feira (10/3), pela agência de dados Nexus. Os dados mostraram que a diminuição da carga horária no ofício é aprovada por 65% dos brasileiros, a partir de 16 anos.
Ao todo, duas mil pessoas foram entrevistadas presencialmente nas 27 Unidades da Federação, entre os dias 10 e 15 de janeiro. Desta amostra, 27% das pessoas demonstram-se contrárias à mudança no regime de ofício, 5% não são favoráveis, nem contra e 3% não souberam opinar.
Mudanças na escala de trabalho 6x1 são endossadas por 76% dos jovens entre 16 a 24 anos entrevistados pela pesquisa Nexus. O levantamento mostra que o apoio a essa medida diminui gradativamente com o avanço da idade.
Isso porque, segundo os dados, o fim da escala 6x1 é apoiado por 69% dos entrevistados entre 25 e 40 anos, 63% de 42 a 59 anos e 54% entre os brasileiros com 60 anos ou mais.
A pesquisa também apurou a impressão dos entrevistados sobre o trabalho e a produtividade. 55% dos brasileiros creem que a redução da jornada de trabalho aumentaria a produtividade, enquanto 20% acham que diminuiria.
19% dos entrevistados disseram que não faria diferença na produtividade, e 5% não souberam responder. A produtividade é apontada como o segundo benefício mais recorrente da redução no número de horas trabalhadas. Entre o público que crer no aumento da produtividade, 67% são compostos por entrevistados de até 24 anos.
A bandeira da redução de escala 6x1 foi levantada por uma proposta de emenda à constituição (PEC) protocolada à Câmara pela deputada federal Erika Hlton (PSol/SP). Segundo a deputada, parlamentares de todos os estados da Federação e de partidos de todos os espectros ideológicos endossaram a PEC.
O texto, que ainda não tem previsão para ser discutido em comissões da Casa, prevê que o regime 6x1 seja substituído por uma escala do tipo 4x3 — ou seja, com trabalho em quatro dias por semana para três dias de folga. Segundo Erika Hilton, uma possível diminuição da carga horária de trabalho deve ser feita sem redução salarial.
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