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Política CPAC 2024

Cúpula da direita começa com ataques a Lula, ao STF e defesa do 8 de janeiro

Evento ocorre em Balenário Camboriú (SC), cidade considerada um dos principais berços da direita bolsonarista no país

06/07/2024 às 15h59
Por: Jornalista Adilson Oliveira Fonte: CB
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Denominado pelos criadores como o "maior evento conservador do mundo no Brasil", a CPAC 2024 começou com o hino nacional - (crédito: CPAC/Youtube)
Denominado pelos criadores como o "maior evento conservador do mundo no Brasil", a CPAC 2024 começou com o hino nacional - (crédito: CPAC/Youtube)

A cúpula da direita que ocorre neste fim de semana em Balneário Camboriú (SC) teve início neste sábado (5/7) com discursos de bolsonaristas e com ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e na defesa dos vândalos que atacaram e destruíram as sedes dos prédios públicos no 8 de janeiro. Nas falas dos políticos de direita também críticas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pautas conservadoras, como críticas ao aborto legal e a defesa do fim da saída temporária de presos, apareceram nos discursos.

A Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac), que terá como destaques as presença do presidente Javier Milei, da Argentina, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve início com a apresentação rápida do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, ao lado de seu pai, entre outros, disse que a direita irá voltar ao poder.

"Bom que vocês vieram e não se dobram à censura. Mostram que vocês não têm medo dos que querem nos calar. Esse encontro será um divisor de águas. Vamos voltar para casa e fazer reverberar essa onda porque nós voltaremos ao poder. Não parar, não precipitar e não retroceder", disse o filho de Bolsonaro.

Na sequência, a primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou e afirmou que o PL irá fazer o maior número de vereadoras e prefeitas nas eleições deste ano e fez uma defesa de seu marido, negando que ele seja uma pessoa "misógina" e que a prova é que sancionou muitos projetos em defesa das mulheres. Michelle afirmou que a direita está formando novas lideranças e criticou o governo de Lula. Disse que o país está sendo "mal administrado".

Ex-ministro do governo de Bolsonaro, o ex-deputado Onyx Lorenzoni fez a vez de mestre de cerimônia da abertura, afirmou que todos ali eram frutos da "ousadia de Bolsonaro e Michelle" e estimulou a plateia a militar para a direita voltar ao poder. "O Brasil verde e amarelo irá voltar", disse Lorenzoni.

O evento começou com quase duas horas de atraso e reúne cerca de 3.500 participantes, segundo Eduardo Bolsonaro. Todos os lugares disponibilizados foram adquiridos.

Entre os convidados internacionais, jornalistas argentinos criticaram Lula e defenderam que Milei não se reúna com Lula. O presidente argentino não terá agenda com o presidente brasileiro e o contato da Casa Rosa foi feito diretamente com o governo de Santa Catarina, administrado pelo bolsonarista Jorginho Melo, do PL, governador do estado.

"Milei não tem que se reunir mesmo com esse delinquente, corrupto e comunista", disse um deles.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) também discursou nessa parte da manhã e fez uma defesa dos "presos políticos" do 8 de janeiro, termo que os bolsonaristas usam ao se referir aos condenados pelos ataques às sedes do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional. A parlamentar, que é advogada, criticou a OAB e defendeu eleições diretas na organização.

"Uma salva de palmas para os advogados que têm a coragem de defender nossos perseguidos políticos do 8 de janeiro", afirmou a parlamentar.

O esperado encontro no palco entre Javier Milei e Bolsonaro deverá ocorrer na tarde deste domingo (7/7).

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